top of page

O mais intenso dos países visitados. A Etiópia proporciona riqueza de experiências humanas, exacerbando o contraste entre a intensidade cultural e as desigualdades sociais estampadas tanto na área urbana quanto rural (maioria absoluta do país). 

O contato direto com a realidade da capital Addis Ababa expõe a dualidade entre a força de uma cultura nunca colonizada formalmente e os impactos das mais diferentes influências internacionais. Explorando desde o Mercato, considerado um dos maiores mercados públicos a céu aberto da África, até a região norte rural e turística do país, pude observar e aprender muito com a forma etíope de convívio entre estas diversidades.

Etiópia

O Quênia foi o terceiro país visitado. Passando por Nairobi, Kisumu e uma viagem à Dadaab, pude explorar o setor social através de diferentes pontos de vista: desde visitas a projetos de agências da ONU até microprojetos dentro das favelas de Kibera, Mathare e Korogocho. Foi também uma oportunidade de conhecer a capital queniana e suas similaridades e diferenças com São Paulo, na distribuição espacial de riquezas e na influência ao resto da região leste da África. Uma imersão interessante no cotidiano do quenianos permitiu um olhar aprofundado sobre o país no qual passei mais tempo.

Quênia

O Egito foi o primeiro país do projeto e serviu como ponto de transição entre o Oriente Médio e a África. Apesar da maior parte do tempo ter sido cruzando o país desde o deserto do Sinai, pude conversar com alguns jovens sobre os acontecimentos recentes da Primavera Árabe e os impactos na população. Durante a minha passagem, o ex-ditador Mubarak estava sendo julgado e posteriormente condenado por crimes realizados  na ditadura de décadas do Egito.

Egito

Chegar na Tanzânia foi bem conturbado, nas mais de 30 horas de ônibus. Porém, de Arusha, no nordeste do país, até Dar el Salaam, na costa leste, pude conhecer projetos inovadores de urbanização e desenvolvimento de favelas, além de conhecer o tribunal internacional da ONU sobre o genocidio no país vizinho, Ruanda.

Tive a oportunidade também de imergir por alguns dias em um projeto incrível em Magoma, um vilarejo na região central do país e uma passada rápida pela ilha de Zanzibar, território autônomo da Tanzânia. 

O envolvimento com organizações internacionais e locais permitiu um olhar mais aprofundado sobre a situação dos moradores de favelas em duas cidades de importância política e econômica na Tanzânia.

Tanzânia

As expectativas para Uganda  eram de poder conhecer um pouco a capital Kampala e uma breve passagem em um projeto de arte-educação na estrada para Entebbe. Porém, fui surpreendido por três pessoas que fizeram da experiência umas das mais ricas na região. A favela de Namuwongo tornou-se o centro da minha pesquisa e envolvimento, proporcionando grandes reflexões e muitos aprendizados sobre as condições de vida em uma favela na África. 

Fortes imagens foram produzidas apenas apontando a camêra fotográfica para a realidade de Uganda, seja em suas favelas ou no conturbado centro de Kampala.

Uganda

Quando cheguei a Ruanda, tomei um susto. A paisagem organizada e florida chocava-se com a percepção dos três países visitados anteriormente. O desenvolvimento urbano de Kigali reflete uma mudança de postura pública e uma maneira diferenciada de se governar o país.

Já as marcas do genocídio de 1994 não podem ser escondidas em praticamente nenhum contexto, proporcionando grande aprendizado na forma como o país - por meio de iniciativas privadas - tenta se restabelecer do trauma que assolou uma geração inteira.

A minha identificação pessoal com a história do genocídio fez com que a experiência transcendesse o olhar crítico e distanciado e se envolvesse emocionalmente com os jovens ruandeses e suas tentativas de recomposição.

Ruanda

Dadaab é o maior campo de refugiados do mundo, atingindo mais de 450.000 pessoas no segundo semestre de 2011. Com os avanços do grupo Al Shabaab na Somália, mais de 140.000 somalis fugiram do país, se refugiando do outro lado da fronteira queniana ou etíope. Com a superpopulação do complexo de Dadaab (construído nos anos 80 para abrir o máximo de 90.000 pessoas), milhares de refugiados começaram a ocupar as regiões do entorno de Dadaab, causando uma crise humanitária ainda maior. Vale lembrar que a região sofre periodicamente com as secas e com o isolamento de infraestruturas, para além dos conflitos humanos.

Dadaab/Somália

O PROJETO

bottom of page